sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Kingdom Hearst 358/2 Days: O outro lado da historia

Para alguns, a série Kingdom Hearts perdeu completamente o foco na segunda versão da série. A história se tornou tão complexa e cheia de meados que acabou deixando os personagens Disney meio desconectados da trama. Confesso que não sou compartilhador dessas opiniões. Principalmente porque sem a complexidade criada pela SquareEnix, dificilmente spin-offs como esse poderiam ser feitos. Na verdade, Kingdom Hearts 358/2 Days não é um continuação de KH II. Ele pode ser considerado uma elo de ligação, focado nos acontecimentos entre os games Chain of Memories e II, quando Sora estava dormindo


Roxa, o novo herói de cabelos espetados


O protagonista de 358/2 Days é Roxas, membro da Organização XIII, os vilões dos dois últimos games da série. Assim como Sora, Roxas domina o uso da Keyblade, arma com função semelhante a uma espada e marca registrada da série.

Durante a trama o jogador conhecerá todos os detalhes da vida do personagem. E isso incluiu suas amizades, inimizades e sua estreita relação com Sora. Outros personagens como Naminé, que tem o poder de manipular memórias, Diz, que possui estranhas relações com Riku e vários membros da Organization XIII serão desvendados e conhecidos mais profundamente.

É claro que a própria Riku, Mickey, Donald, Goofy e outros personagens da série também tem papel importante na trama, que só para não estragar a surpresa, possui momentos extremamente importantes para entender melhor o segundo game da série, um verdadeiro clássico do Playstation 2.


Um passo adiante na série

Assim como os demais Kingdom Hearts, esse capítulo para o DS é um RPG de ação bastante acima da média. Um dos destaques é que dessa vez o game é dividido em missões, um cuidado especial para que o game não tenha passagens muito longas para um portátil. Todos os elementos de bons games do gênero estão presentes: e isso inclui exploração, itens para se conquistar e claro que ótimas batalhas contra chefes

A jogabilidade usa pouco a tela de toque e não foge muito das características da série, tendo como principal novidade a inserção dos Limit Breaks, vindos diretamente da série Final Fantasy. Uma das grandes inovações é o modo para até quatro jogadores simultâneos, onde é possível escolher qualquer personagem da Organization XIII e enfrentar missões criadas exclusivamente para esse modo.

Outra boa novidade é o sistema conhecido como “Panels” responsável pela personalização de itens, níveis de magia, armas, habilidades e acessórios. Você pode “equipar” essas características e usá-las nos momentos que achar necessário além de poder combinar diversos Panels para a criação de habilidades ainda mais fortes. Essa característica adiciona uma capacidade bem grande de customização, fazendo com que o jogador desenvolva os personagens da forma como achar melhor.

Acabamento impecável

Com direção mais uma vez de Tetsuya Nomura (dessa vez com a ajuda de Tomohiro Hasegawa), é possível ver todo o cuidado visual e sonoro que a equipe teve com 358/2 Days. O acabamento visual das cutscentes e dos gráficos de batalha em si são impressionantemente acima da média.

O uso de cores, a construção poligonal e os efeitos especiais estão no mesmo nível que os melhores games do DS. O trabalho realizado pela SquareEnix é simplesmente impecável.

A trilha sonora conta com composições orquestradas com novos arranjos de outros games da série, além de melodias criadas exclusivamente para esse episódio. A expectativa é que apresentem a mesma qualidade que a série sempre apresentou.

Boa recepção no Japão

A expectativa em torno do game cresceu ainda mais depois da recepção muito postiva da crítica e do público japonês. Mais de 500 mil unidades do game foram vendidas na terra do sol nascente, mostrando que a série tem sim muito fôlego por lá.

A revista Famitsu, por exemplo, deu a ótima cotação de 36 pontos (9/9/9/9) destacando o enredo, passando pelo sistema de jogo, os gráficos e a quantidade de coisas a se fazer, “não há uma única fraqueza". Para eles, o modo de jogo cooperativo "é fácil de entender e muito divertido", a customização dos personagens baseada em painéis "pode mudar as coisas drasticamente dependendo do modo que os painéis são colocados", e "ser capaz de entender o enredo por trás da organização XIII é incrivelmente interessante".

Com lançamento ocidental marcado para setembro, sem quaisquer dúvidas, esse é um dos games imperdíveis para quem possui um DS esse ano. Tenho certeza que você irá conhecer a saga de Roxas.

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